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Alexandre de Moraes determina que Itamaraty apoie investigação contra Eduardo Bolsonaro

Ordem do STF causa mal-estar no Ministério das Relações Exteriores, que vê interferência em atribuições diplomáticas.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que o Itamaraty colabore com a Procuradoria-Geral da República (PGR) nas investigações contra o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A apuração gira em torno de supostos atos cometidos pelo parlamentar nos Estados Unidos, envolvendo ataques ao STF e possível articulação de sanções internacionais.

Itamaraty resiste a envolvimento direto na investigação

A determinação do STF gerou desconforto entre diplomatas do Ministério das Relações Exteriores, que veem a medida como fora do escopo das funções da pasta. Em declaração anônima à revista Veja, um diplomata afirmou:

“Não é nossa função. Isso acontecia em outros tempos no Brasil.”

Ações de Eduardo Bolsonaro nos EUA são foco do inquérito

Segundo a PGR, Eduardo teria buscado interferir na política externa dos EUA, incentivando medidas contra ministros do Supremo Tribunal Federal. A investigação, autorizada por Moraes, apura ainda a suspeita de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Apesar disso, fontes do Itamaraty afirmam que não há qualquer registro oficial de monitoramento das ações do deputado nos EUA:

“Vamos apenas informar que tudo está disponível na internet.”

Jair Bolsonaro também é alvo de apuração

O inquérito se estende ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que deve depor à Polícia Federal no dia 5 de junho. Há suspeitas de que ele teria financiado a permanência do filho no exterior, o que pode motivar um pedido de bloqueio de bens por parte do STF.

Juristas questionam legalidade do processo

A medida de Moraes gerou reações de veículos da imprensa e especialistas jurídicos. Em editorial, o jornal Estadão afirmou que a abertura do inquérito busca “criminalizar manifestações políticas”. Já o advogado constitucionalista André Marsiglia alertou para possível conflito de interesse, já que Moraes é parte potencialmente afetada pela conduta investigada.

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