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Médicos Arrancam Perna de Criança de 4 Anos Após Medicação Errada: “Tomo Um Pouco De…Ver mais

Uma história de dor e esperança tem comovido a cidade de Joinville e o país desde o fim de agosto. Uma criança de apenas três anos está internada no Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria após complicações que começaram com a aplicação de uma injeção de Benzetacil.

Desde então, já passou por cinco cirurgias e se prepara para uma sexta, em apenas sete dias. A madrinha, Odilene Aparecida Monteiro da Silva, que tem representado a família, relatou: “Ela sempre foi muito saudável.Publicidade

Agora vai passar pela sexta cirurgia, e os pais estão em choque. Todos estão sofrendo muito.”

1. Aplicação de Benzetacil e complicações graves

De acordo com especialistas em saúde, a aplicação de Benzetacil na perna de crianças é uma prática permitida, pois os músculos das nádegas muitas vezes não são suficientemente desenvolvidos em crianças pequenas.Publicidade

No entanto, é fundamental que a aplicação seja feita corretamente no músculo vasto lateral da coxa, para evitar danos a artérias, veias ou ligamentos. Infelizmente, no caso dessa menina, a injeção pode ter sido aplicada de maneira inadequada, levando a uma série de complicações devastadoras.

Desde 31 de agosto, a saúde da criança tem sido monitorada de perto pela equipe do hospital. Os médicos estão lutando para evitar que a perna direita também seja afetada, e a pequena paciente, que antes não apresentava histórico de doenças, agora precisa de sessões contínuas de hemodiálise.Publicidade

A previsão é que ela precise ficar internada por pelo menos dois meses, enquanto os pais, de origem humilde, alugaram um apartamento em Joinville para acompanhá-la. “Vendemos tudo o que tínhamos para estar aqui. O que importa agora é a vida dela”, declarou Jucélio Pereira, pai da menina.

2. Família faz apelo por ajuda financeira

Com a longa internação e as despesas crescentes, a família da menina iniciou duas campanhas de arrecadação online para ajudar a custear os custos do tratamento. As doações podem ser feitas via Pix, utilizando as chaves: melissaluara11@gmail.com ou 096.892.999-05, em nome de Veridiane Aparecida Alves de Lima.

A situação é desesperadora, e qualquer ajuda financeira será essencial para garantir que a família possa continuar acompanhando de perto a recuperação da filha.

“Estamos vivendo um pesadelo”, disse Odilene, a madrinha da criança, que vem representando a família. Segundo ela, a comunidade tem sido um apoio fundamental nesse momento difícil, mas as necessidades são muitas. Com a criança ainda em risco, a mobilização para garantir suporte financeiro e emocional para a família continua sendo imprescindível.

3. Município e investigação: como tudo começou

O município de Três Barras informou que está averiguando o atendimento que resultou nas complicações sofridas pela menina. Segundo a nota oficial, os fatos estão sendo apurados, e um posicionamento mais detalhado será divulgado após a conclusão técnica do caso.

Tudo começou na sexta-feira, 30 de agosto, quando a menina acordou reclamando de dor de garganta. Após buscar a filha na casa da babá, a mãe a levou ao posto de saúde de São João dos Cavalheiros, onde recebeu a recomendação de uma dose de Benzetacil. Acreditando que a injeção traria alívio, a mãe deixou a filha sob os cuidados da babá novamente. No entanto, o estado da menina piorou drasticamente pouco depois, com manchas roxas surgindo em suas pernas.

A mãe levou a criança novamente ao posto de saúde, onde a médica inicialmente sugeriu que fosse uma reação alérgica. No entanto, o quadro da menina piorou ao longo do dia, e, no final, a decisão foi levá-la ao Pronto Atendimento de Três Barras. Mais uma vez, o diagnóstico foi de “simples alergia” e um antialérgico foi receitado.

No sábado, 31 de agosto, a situação ficou crítica. Uma nova médica reconheceu a gravidade do quadro e encaminhou a menina ao Hospital Materno Infantil Jesse Amarante, em Joinville. Durante o trajeto, a criança sofreu duas paradas cardíacas e, no hospital, foi diagnosticada uma falha grave na circulação da perna, além de complicações no coração e fígado. Médicos suspeitam que a injeção tenha sido aplicada de forma inadequada, atingindo a veia ou artéria femoral.

Infelizmente, após várias tentativas de salvar a perna, os médicos foram forçados a realizar uma amputação até a altura da virilha. “Eles fizeram de tudo para salvar a perna dela, mas na quinta cirurgia os médicos explicaram que havia risco de trombose e que era uma questão de vida ou morte. Entre a vida e a perna, escolhemos a vida dela”, relatou a madrinha.