Perder uma filha de forma trágica e violenta é uma dor indescritível, que marca para sempre a vida daqueles que ficam. No caso da mãe de Patrícia Rosa dos Santos, enfermeira que morreu em circunstâncias suspeitas no Rio Grande do Sul, essa dor se mistura com a revolta.
O principal suspeito de sua morte é o companheiro de Patrícia, o médico Andre Lorscheitter Baptista, que enfrenta acusações de feminicídio, supostamente usando medicamentos de efeito letal.
No sábado, dia 2 de novembro, familiares e amigos de Patrícia se reuniram em um protesto em Canoas, buscando justiça e cobrando respostas das autoridades. Mareci Rosa dos Santos, mãe da vítima, emocionada e incrédula, declarou que Andre, inicialmente visto como um “anjo bom”, agora é reconhecido como um “monstro”.
“Tem que mostrar para esse mundo como ele se mostrava para a minha família. Ele se mostrava um anjo bom, mas era um monstro“, diz a mãe.
A Polícia Civil investiga o caso desde o dia 22 de outubro, quando a enfermeira foi encontrada sem vida. Entre os indícios estão medicamentos de uso controlado, incluindo Midazolam e Succitrat, encontrados com o médico, além de traços de Zolpidem no sorvete que ela teria consumido antes de adormecer. Veja desabafo: Assista aqui
Segundo a polícia, o histórico de Andre inclui um episódio anterior, onde ele teria dopado Patrícia com o objetivo de provocar um aborto. Esse caso agora reforça as suspeitas de um padrão de abuso que culminou em tragédia. Em defesa, o advogado de Andre afirma que o médico é inocente e que a morte foi um “acidente trágico”, refutando a versão de feminicídio.
A mãe de Patrícia clama por justiça, enquanto o caso levanta um alerta para a sociedade sobre os perigos ocultos de relacionamentos abusivos. As investigações continuam, mas a dor da perda para a família de Patrícia é uma ferida que dificilmente se cicatrizará.