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Influencer que morreu ao despencar do 5º andar de prédio deixou carta de despedida comovente: ‘Estou lutando há dias’

O caso de Kubra Aykut, uma influenciadora digital turca de apenas 26 anos, gerou uma onda de comoção entre seus seguidores e na sociedade como um todo. A sua trágica morte levantou questões sérias sobre os impactos da saúde mental no ambiente das mídias sociais. Na última segunda-feira, 23 de setembro, uma jovem foi encontrada sem vida após cair do quinto andar do luxuoso edifício onde reside em Istambul, capital da Turquia.

A notícia abalou muitos de seus fãs e reacendeu um debate já latente sobre a pressão que a exposição digital impõe na vida pessoal de influenciadores. Durante as investigações que se seguiram, a polícia local encontrou uma carta de despedida escrita por Kubra. Nesse documento, o jovem compartilhava suas dificuldades em lidar com a depressão, um problema que, muitas vezes, permanece oculto atrás das telas.

Em sua carta, Kubra expressou a falta de apoio e compreensão que sentia ao seu redor. Ela ressaltou que, apesar de seus esforços para ser uma pessoa generosa e bondosa com os outros, não poderia aplicar essa mesma gentileza a si mesma. Essa revelação toca em um ponto crítico: a autocompaixão, frequentemente negligenciada em meio à busca por aprovação externa.

Kubra também fez menção ao fato de que sua dor era invisível para aqueles que estavam próximos a ela. Esse sofrimento silencioso, como muitos podem atestar, é uma realidade comum para muitos que lutam com problemas de saúde mental, mas cujas lutas não são percebidas por amigos e familiares.

Um trecho comovente da carta destaca a profunda solidão que a influenciava sentida. “Para ser feliz, talvez seja necessário ser egoísta”, refletiu, um pensamento que ressoa fortemente em tempos de comparação e pressão social. Essa percepção mostrada como a busca pela felicidade pode ser distorcida pelas expectativas externas.

Em uma parte impactante da carta, Kubra afirmou: “Eu pulei por vontade própria porque não quero mais viver. Eu era bom com todos na minha vida, mas não conseguia ser bom comigo mesma. Viver como uma boa pessoa não me deu nada.” Essas palavras revelam o desespero que se esconde por trás de sua fachada de alegria e sucesso.

“Estou indo embora porque me amo e quero pensar em mim mesma pelo menos uma vez. Sinto muito. Quão surpreso você está agora, certo?” contínuo Kubra, deixando um eco de tristeza e desespero nas vozes de quem leu suas últimas palavras. A menção à sua senha de telefone, “145723”, traz uma dimensão ainda mais sombria ao seu desabafo.

A polícia registrou a morte de Kubra como uma queda do quinto andar de seu apartamento, mas as investigações ainda não descartaram outras possibilidades. Três linhas de investigação são consideradas: acidente, suicídio ou, possivelmente, homicídio. A incerteza sobre a situação de sua morte levanta questões que precisam ser discutidas.

As autoridades estão reunindo evidências para esclarecer os eventos que culminaram nessa tragédia. O caso de Kubra Aykut destaca a urgência de abordar abertamente as questões de saúde mental, especialmente no contexto virtual. Nesse ambiente, os influenciadores muitas vezes sentem uma pressão esmagadora para apresentar vidas perfeitas e isentas de dificuldades.

É fundamental que a sociedade se envolva em diálogos mais abertos sobre a necessidade de apoio psicológico e emocional. Somente através dessa comunicação honesta é que poderemos evitar tragédias semelhantes no futuro. A pressão das redes sociais não deve ser subestimada; a saúde mental deve ser uma prioridade para todos.

Kubra Aykut já era uma figura conhecida nas redes sociais, tendo conquistado uma base sólida de seguidores ao compartilhar momentos inusitados de sua vida. Um dos eventos que mais chamaram a atenção foi sua decisão de se casar consigo mesma, um ato simbólico que provocou discussões sobre amor próprio e acessível.

Com mais de um milhão de seguidores no TikTok, aproximadamente 220 mil no Instagram e mais de 25 mil inscritos em seu canal no YouTube, Kubra teve uma presença marcante nas plataformas digitais. Ela produzia conteúdos que variavam de reflexões pessoais a cenas do cotidiano, refletindo um pouco de sua vida para o mundo.

Apesar de seu aparente carisma e consequências nas postagens, os fãs ficaram preocupados com sua saúde física e mental. Em algumas de suas publicações, Kubra sinalizou que estava enfrentando dificuldades para ganhar peso, o que levou muito a crer que ela poderia estar passando por problemas mais sérios do que aparentava.

Ela chegou a receber mensagens de incentivo para buscar ajuda profissional, mas o que poderia ser apenas um momento de instabilidade do passageiro se revelou uma situação muito mais profunda. A tragédia de Kubra serve como um lembrete doloroso da importância de cuidar da saúde mental e de se manter atento às necessidades emocionais, tanto em nós mesmos quanto nos outros.