Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou, por meio de seu advogado Eduardo Kuntz, que as provas que reuniu contra o magistrado estão preservadas e serão reveladas. A declaração foi divulgada nesta quarta-feira (1º), após a detenção de Tagliaferro na Itália.
Em nota nas redes sociais, Kuntz destacou que os documentos permanecem “seguros e intocáveis” e que o ex-assessor já havia se preparado para resistir a possíveis tentativas de silenciamento. “Desde o início, Eduardo sabia dos riscos. Ele mesmo disse que, se tentassem calá-lo, outros dariam continuidade ao trabalho. Sua prisão não é o fim, mas a confirmação de que suas denúncias incomodam os poderosos”, escreveu o advogado.
Segundo Fábio Pagnozzi, advogado da deputada Carla Zambelli, a detenção ocorreu para que Tagliaferro prestasse esclarecimentos em um processo ligado ao Brasil. A expectativa, de acordo com ele, é que o ex-assessor seja liberado após ser ouvido.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Tagliaferro de ter vazado mensagens envolvendo servidores do gabinete de Moraes. Moraes solicitou sua extradição em agosto, alegando divulgação de dados sigilosos. O Ministério da Justiça enviou o pedido ao Itamaraty para prosseguir com o trâmite junto ao governo italiano.
