Deputada está no exterior e é acusada de tentar escapar da Justiça brasileira
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou nesta quarta-feira (4) a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A medida foi motivada após a parlamentar confirmar que está no exterior, sob a justificativa de estar em tratamento médico.
O pedido foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e aceito por Moraes, que também determinou a inclusão de Zambelli na lista vermelha da Interpol, mecanismo que aciona os países signatários para cooperação internacional e extradição.
STF vê tentativa de fuga e risco ao Estado de Direito
Na decisão, Moraes argumenta que há “inequívoca intenção de fuga”, o que, segundo ele, compromete a aplicação da lei penal. A saída do país, sem comunicação oficial, foi vista como tentativa deliberada de escapar da Justiça e manter condutas que atentam contra o Estado Democrático de Direito.
Além da prisão preventiva, o ministro impôs um conjunto de medidas restritivas severas, com o objetivo de limitar a atuação política e financeira de Zambelli.
Veja as medidas impostas contra Carla Zambelli
- Cancelamento dos passaportes, inclusive o diplomático;
- Bloqueio do salário parlamentar e suspensão de verbas de gabinete;
- Indisponibilidade de bens móveis e imóveis;
- Congelamento de contas bancárias, criptoativos e previdência privada;
- Suspensão de todas as redes sociais, com multa diária de R$ 100 mil para plataformas que descumprirem a decisão.
Parlamentar segue listada como ativa na Câmara
Apesar das sanções, Zambelli ainda aparece como deputada em exercício no site oficial da Câmara dos Deputados. Em entrevista recente ao canal AuriVerde, ela declarou que “pedirá afastamento do cargo”, mas não apresentou datas nem protocolou formalmente o pedido.
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