O câncer de colo do útero, também bastante conhecido como câncer cervical, é um tipo de tumor que está principalmente associado à infecção pelo papilomavírus humano (HPV).
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), este é o terceiro tumor maligno mais recorrente entre as mulheres, depois do câncer de mama e colorretal, e a quarta causa de morte entre elas por câncer no país.
Sintomas
O câncer do colo do útero se desenvolve vagorosamente e os primeiros sinais e sintomas normalmente não aparecem até os estágios posteriores da doença.
“A doença acomete primeiro o colo do útero, a região anatômica do órgão que fica em contato com a vagina. Se houver metástase, ela pode atingir a vagina, a bexiga e o reto, que são locais próximos ao útero, bem como os pulmões, o intestino, o cérebro e os ossos, o que caracteriza a metástase à distância”, esclarece o ginecologista, obstetra da Maternidade Brasília, Marcus Vinícius.
Confira os 9 sintomas mais comuns do câncer do colo do útero:
- Sangramento vaginal sem causa aparente e fora da menstruação, podendo acontecer também após a relação sexual;
- Corrimento vaginal alterado, com mau cheiro ou coloração marrom, por exemplo;
- Dor abdominal ou pélvica constante, que pode piorar ao usar o banheiro ou durante o contato íntimo;
- Sensação de pressão no fundo da barriga;
- Vontade de urinar mais frequente, mesmo durante a noite;
- Perda rápida de peso sem estar fazendo dieta;
- Cansaço excessivo;
- Dor e inchaço nas pernas;
- Perdas involuntárias de urina ou de fezes.
Diagnóstico e prevençã
Uma das principais medidas preventiva contra o HPV e outros vírus e bactérias que causam infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) é o uso de preservativos nas relações sexuais.
Por sua vez, a vacina contra o HPV protege contra os principais tipos de vírus que provocam verrugas genitais e que são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero, conforme explica a ginecologista e obstetra do Exame Imagem e Laboratório/Dasa, Ana Glauce.
Os exames ginecológicos anuais, ou no intervalo indicado pelo médico, são essenciais para a identificação precoce do tumor e para que a paciente tenha o diagnóstico na fase inicial da doença, aumentando as chances de cura.
Os exames de Papanicolau detectam alterações precursoras no colo do útero que, não tratadas, podem levar ao câncer. “Por isso a gente não deve deixar de fazer também o papanicolau periodicamente, para cobrir também os casos não protegidos pela vacina” continua Ana Glauce