A Câmara dos Deputados deve votar nesta quarta-feira (1º) a proposta que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores com salários de até R$ 5 mil. O anúncio foi feito pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), após reuniões com o governo e líderes partidários.
Na véspera, Motta esteve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para consolidar o acordo político que viabilizou a votação.
O relator da proposta, deputado Arthur Lira (PP-AL), incluiu em seu parecer a isenção total até R$ 5 mil e parcial para salários de até R$ 7.350, ampliando o limite previsto no texto original do governo, que estabelecia teto de R$ 7 mil.
A bancada ruralista, com 303 parlamentares, pressionou por uma alteração adicional: aumentar o limite de isenção anual de produtores rurais de R$ 150 mil para R$ 508 mil. Caso a mudança não seja incorporada, o grupo promete levar o debate ao plenário.
Segundo Lira, a medida pode beneficiar até 16 milhões de brasileiros. Entretanto, há preocupação com a compensação da perda de arrecadação. Para equilibrar as contas, o governo propõe medidas como a taxação de grandes fortunas, novas taxas de infraestrutura e recursos do Prouni (Programa Universidade para Todos).
Se aprovado na Câmara, o projeto seguirá para votação no Senado.
