Bolsonaro critica aumento do IOF e diz que Lula penaliza os mais pobres
O ex-presidente Jair Bolsonaro usou sua conta na rede social X (antigo Twitter) neste sábado (14) para criticar a decisão do governo Lula de aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A medida gerou ampla repercussão após o anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que instituiu um decreto elevando a alíquota do IOF sobre operações cambiais — incluindo compras internacionais com cartão de crédito.
“Rompe o compromisso de redução de impostos e penaliza os mais pobres”, escreveu Bolsonaro, acusando o atual governo de promover um retrocesso econômico.
Redução do IOF foi iniciada no governo Bolsonaro
Durante seu mandato, Bolsonaro havia estabelecido um cronograma de redução gradual do IOF, com objetivo de extingui-lo até 2028, atendendo aos requisitos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A atual decisão do governo Lula suspende esse plano e aplica imediatamente uma alíquota de 3,5% em operações cambiais.
“Essa medida penaliza quem viaja, compra do exterior e dependia de regras claras e reduzidas que implementamos. É um retrocesso que atinge quem mais precisa de crédito e serviços acessíveis”, concluiu Bolsonaro.
Impacto do novo IOF no dia a dia do brasileiro
O IOF incide sobre diversas operações financeiras, como empréstimos, câmbio, seguros e investimentos. O aumento afeta especialmente trabalhadores, famílias de baixa renda e pequenos empreendedores, que dependem de crédito mais barato e previsibilidade tributária.
A reação de setores econômicos, políticos e da sociedade civil forçou o Ministério da Fazenda a recuar parcialmente, mantendo o aumento para empresas, remessas internacionais e uso de cartão de crédito no exterior, mas isentando pessoas físicas em algumas modalidades e fundos de investimento.
Mesmo com o recuo parcial, o impacto ainda é sentido. O crédito torna-se mais caro, o que pode comprometer a capacidade de consumo da população. Empresas que operam com câmbio devem repassar os novos custos ao consumidor final, gerando uma pressão inflacionária indireta.
Dólar mais caro e efeito cascata nos preços
O aumento do IOF também interfere no câmbio, podendo elevar o valor do dólar frente ao real. Como o Brasil depende da importação de insumos industriais e combustíveis, isso pode resultar em aumento nos preços da gasolina, eletrônicos, alimentos e outros itens essenciais, agravando a situação econômica para a população mais vulnerável., alimentos e outros itens essenciais, prejudicando ainda mais os brasileiros.