Deputado Nikolas Ferreira reage à denúncia do Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais e afirma ser alvo de perseguição política por expor conteúdo polêmico de livro de ex-prefeito.
Deputado Nikolas Ferreira se diz vítima de perseguição após MP pedir suspensão de seus direitos políticos
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) se pronunciou nesta terça-feira (8) sobre a denúncia do Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais (MPE-MG), que solicita à Justiça a suspensão de seus direitos políticos por suposta propaganda irregular e desinformação durante o período pré-eleitoral.
Em vídeo publicado em suas redes sociais, o parlamentar classificou a ação como parte de uma tentativa de torná-lo inelegível por motivações políticas. Ele relacionou a denúncia à sua crítica pública ao livro “Cobiça”, escrito pelo ex-prefeito de Belo Horizonte Fuad Noman (PSD), que Nikolas chamou de “pornográfico”.
“Estão querendo me tornar inelegível. Por quê? Fiz rachadinha? Escondi dinheiro na cueca? Destruí estatais? Não. Apenas denunciei um livro pornográfico do ex-prefeito”, afirmou.
Nikolas compara caso ao de Bolsonaro e questiona motivação política da Justiça
O deputado também comparou sua situação ao caso do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi considerado inelegível pelo TSE em 2023 por “abuso de poder político”.
“É a mesma coincidência que ocorreu com o Bolsonaro. Por que ele está inelegível? Porque fez uma reunião com embaixadores? Isso não muda nenhum voto!”, ironizou Nikolas.
O parlamentar sugeriu que a tentativa de impedi-lo politicamente reflete um padrão de decisões judiciais baseadas em narrativas frágeis, que serviriam, segundo ele, para calar vozes conservadoras e opositoras.
MP acusa Nikolas de propaganda irregular, desinformação e desobediência judicial
De acordo com a denúncia do MPE-MG, Nikolas Ferreira e o deputado estadual Bruno Engler (PL-MG) divulgaram vídeos nas redes sociais durante o período pré-eleitoral em que associavam o então prefeito Fuad Noman ao conteúdo do livro “Cobiça”, publicado por ele em 2020.
Segundo os promotores, os vídeos descontextualizavam trechos da obra de ficção e induziam o público a acreditar que Noman apoiava ou promovia crimes narrados no livro. A Justiça Eleitoral determinou a retirada imediata do conteúdo das redes sociais.
Contudo, o Ministério Público alega que Nikolas ignorou a ordem judicial e publicou novos vídeos reforçando as mesmas acusações. Para o órgão, houve intenção deliberada de desinformar o eleitorado, especialmente às vésperas das eleições municipais de 2024.
“Dolo intenso” e “persistência na prática delitiva” são alguns dos termos usados na denúncia, que também pede indenização por danos morais coletivos e a cassação dos direitos políticos dos dois parlamentares.
Tensão política se intensifica com acusações de censura e judicialização do discurso
O episódio reacende o debate sobre liberdade de expressão, desinformação e ativismo judicial no cenário político brasileiro. Enquanto apoiadores de Nikolas classificam a denúncia como censura e perseguição, críticos apontam para o risco da manipulação do discurso político com base em informações distorcidas.
O caso ainda será julgado pela Justiça Eleitoral de Minas Gerais, mas já movimenta as redes sociais e os bastidores políticos, com potencial impacto na disputa municipal de 2024 e nas projeções para 2026.
Veja vídeo: